Direto da TGS: "Ninja Gaiden II" é show de brutalidade

O clima não poderia ser mais contrastante: a demonstração ao vivo de "Ninja Gaiden II", promovida dentro do estande da Microsoft, aconteceu num aconchegante espaço tipicamente japonês, com direito a tatami, almofadinha no chão e pedrinhas brancas ao redor. Tudo zen.

Mas logo depois que Masato Ônishi, programador-chefe do game, apresentou o vídeo teaser, o clima começou a mudar. Ryu Hayabusa, o protagonista da série, apareceu na tela com sua nova arma, uma gigantesca foice, que o faz parecer com uma espécie de Morte oriental. O figurino preto ele já tem.

A demonstração tinha oito fases, mas como faz um calor infernal por aqui, mesmo com um pé no outono, Ônishi disse que preferia exibir uma fase "fresca", que acontece num canal. Desconfio que seja um dos poucos estágios prontos para ser mostrado, mas, de todo jeito, o local escolhido foi a Aqua Capital.

Basicamente, a ação é parecida com a do antecessor, mas parece que Ryu está mais ágil, ao menos nas mãos do experiente funcionário da Tecmo. Ele faz alguns passos curtos que, de tão velozes, pareciam uma espécie de teletransporte. Porém, o que chama mesmo a atenção é a brutalidade alguns degraus acima do primeiro "Ninja Gaiden", que já era violento. Seja qual for a arma do ninja, os oponentes saem despedaçados. O sangue espirra por todos os lados.

A demonstração apresentou vários movimentos além das ofensivas comuns. Numa delas, o oponente explodiu quando recebeu, no chão, o golpe derradeiro. Em outro, Ryu agarra o adversário e desfere golpes seguidos, com direito a uma aproximação da câmera para aumentar a dramaticidade.

Ainda com a foice, o testador aplicou um golpe carregado, em que o ninja usa toda sua força numa investida de baixo para cima. Já com a garra tripla, similar a do Wolverine, Ryu desfere mais de dez ataques num curto intervalo. Obviamente, sobram apenas pedaços dos adversários.

Agora, há mais tipos de projéteis para escolher. São estrelas ninja de vários formatos. O leque de ninjutsus, as magias ninja, também é amplo. Numa delas, Ryu solta uma série de lâminas de vácuo, arrasando quem estiver ao redor. Já a magia do fogo solta três bolas flamejantes, que perseguem os oponentes. Atingidos, eles queimam até não sobrar nada.

Sendo uma edição preliminar, o visual ainda não estava tão refinado como se esperaria de algum trabalho da equipe Team Ninja. Os cenários, principalmente, ainda estavam meio "crus". Havia evidentes falhas de sincronismo vertical e ocorriam pequenos "slowdowns". Mesmo assim, um inimigo que parecia um chefe - pode ser descrito como um híbrido de humano e aranha - surpreendeu pelo horripilante design.

Ônishi disse que pretende fazer de "Ninja Gaiden II" o jogo de ação "supremo", rodando sempre a 60 quadros por segundo.

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